Vacina contra a dengue desenvolvida no Brasil tem resultados animadores e pode ajudar a salvar muitas vidas

Se tudo der certo, teremos uma nova vacina que ajudará a salvar muitas vidas

Imagem: Diego Padgurschi/Folhapress

A dengue é um sério problema de saúde pública que persiste no Brasil e não vai embora. Com a proximidade do verão, os casos aumentam ainda mais. Ainda não há uma vacina contra a doença disponível para todos no SUS, mas os testes de um novo imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan são animadores.

A vacina está em fase final de testes e alcançou 79,6% de eficácia, de acordo com os resultados iniciais da fase 3 do estudo feito pelo Butantan. 16,2 mil voluntários participaram da pesquisa, que demonstrou também a segurança do imunizante.

A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença que pode levar a casos graves, hospitalizações e até a mortes (imagem: Shutterstock)

Apenas 3 pessoas apresentaram efeitos colaterais mais graves, sendo que não houve nenhuma morte entre os participantes. A tecnologia usada é a do vírus atenuado, que contém o agente infeccioso enfraquecido (mesmo caso da vacina contra a febre amarela e o sarampo, por exemplo).

Te interessa?

“Embora preliminar, é um resultado robusto, com significância estatística. E ainda de uma vacina em dose única e que poderá ser indicada para crianças, adolescentes e adultos. Estamos otimistas”, comemorou Fernanda Boulos, diretora médica do Butantan, segundo o Viva Bem.

Uma curiosidade: entre os voluntários que tiveram dengue antes mesmo do início do estudo, a eficácia da vacina foi maior, chegando a 89,2%. Outro dado interessante é a questão dos sorotipos. Apesar de ser chamada sempre pelo mesmo nome, a dengue tem quatro sorotipos diferentes, assim como acontece com as cepas da Covid-19 e da gripe.

Instituto Butantan estima ter capacidade de produzir cerca de 50 milhões de doses por ano (imagem: Instituto Butantan)

Sorotipos

Na pesquisa, o imunizante mostrou-se eficaz contra os tipos 1 e 2. Os tipos 3 e 4 ainda não foram testados, porque, na época dos estudos, não havia uma grande circulação dessas cepas no Brasil. Entretanto, os pesquisadores acreditam que os testes irão mostrar que a eficácia contra esses dois outros tipos também será alta.

“Tradicionalmente, o sorotipo que responde pior às vacinas é o 2. O que se espera, pelo que a gente conhece da biologia do vírus, é que as eficácias para os sorotipos 3 e 4 fiquem mais próximas do que foi observado para o sorotipo 1”, explicou o virologista Maurício Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e um dos principais pesquisadores do estudo.

Como a vacina ainda está em fase de pesquisas e precisa passar por mais testes, não há uma previsão de quando estará a disposição da população. Uma boa notícia é que o Instituto Butantan estima ter capacidade de produzir até 50 milhões de doses do imunizante, o que atenderia a demanda do Brasil. Futuramente, podemos até nos tornar exportadores de vacina contra a dengue para outros países.

Já imaginou quantas vidas podem ser salvas graças a mais essa inovação da ciência? No Brasil, só em 2022, tivemos cerca de 970 mortes por dengue. Se tudo der certo com a nova vacina, poderemos evitar que tantas famílias percam pais, mães, filhos, irmãos, avós, amigos, etc.

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Fonte: Viva Bem

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