Frutas que iriam para o lixo viram sorvete: conheça o negócio milionário criado por uma brasileira na Irlanda

A expectativa é faturar mais de R$ 1,5 milhão até o fim do ano

Dizem que o brasileiro é um povo criativo. E muito dessa criatividade se manifesta no empreendedorismo, com muitas pessoas daqui buscando soluções inovadoras para a criação de novos negócios. A chef Giselle Makinde, por exemplo, mora na Irlanda e transforma frutas que seriam descartadas em sorvete no estilo italiano e cubos de banana passa cobertos de chocolate.

Por mês, a empreendedora recebe mais de três toneladas de frutas de uma das principais distribuidoras de alimento do país. Se não fossem usadas na fabricação do sorvete, as frutas iriam para o lixo. Apesar de estarem a caminho do descarte, todos os ingredientes encontram-se em ótimas condições de consumo.

Giselle e um dos seus produtos que estão fazendo sucesso na Irlanda (imagem: Forbes)

“As bananas são descartadas por não estarem dentro dos padrões exigidos por supermercados ou restaurantes, mas estão maduras e perfeitas para serem consumidas. Desde a fundação, reaproveitamos 10 toneladas de alimentos”, explica Giselle, em entrevista à Forbes.

Te interessa?

A sua empresa tem o nome de Cream of the Crop e vende 5 mil litros de sorvete por mês. A expectativa é faturar mais de R$ 1,5 milhão até o fim do ano. Para 2023, a meta vai além: R$ 2,6 milhões. Ou seja, um negócio bastante lucrativo que ainda evita o desperdício de alimento. Mas como foi o início disso tudo?

Lá em 2018, a Giselle decidiu que queria uma mudança de vida. Ela já tinha trabalhado como chef de cozinha em restaurantes brasileiros, empreendido em uma agência de viagens e estava em busca de novos ares. Junto com o marido, organizou-se para ir estudar no Canadá e construir sua vida por lá.


Estava tudo certo, só faltava o visto. E não é que, de última hora, o documento foi negado? O desespero foi grande. Afinal, a família já tinha vendido os móveis e o carro, alugado a casa e mudado para a casa de parentes enquanto cuidava dos últimos detalhes. “Não sabia o que fazer, perdi o chão, mas em vez de me desesperar, entrei no Google e procurei os países de língua inglesa que recebiam brasileiros”, diz Giselle.

Nascimento da ideia

Foi então que a empreendedora descobriu que chefs de cozinha estavam em falta na Irlanda. O país tornou-se o destino perfeito – e foi para lá que ela embarcou sozinha. A ideia era ir antes do marido e do filho para conseguir um emprego, se estabilizar e recebê-los com mais conforto e segurança financeira. Oito meses depois, a família estava reunida em terras irlandesas.

Certo dia, estava preparando um bolo de banana para servir aos clientes e decidiu pedir frutas mais maduras ao fornecedor para fazer a receita. “No dia seguinte, ele me trouxe uma caixa cheia e disse que não iria me cobrar pois as bananas estavam pintadinhas demais e os restaurantes não aceitariam.” Surgiu aí o que seria a sua ideia de negócio.

Giselle descobriu que dois bilhões de toneladas de comida são descartadas por ano e viu nas frutas a oportunidade perfeita de reaproveitamento. “Imaginei que poderia congelar essas frutas e, enquanto pensava no que fazer, usá-las em sorvetes. Juntei nove mil euros, comprei minha primeira máquina e passei a produzir em um quartinho em casa.”

Bom, o resto vocês já sabem: a Cream of the Crop deu super certo e conquistou o paladar da clientela. O que todos estamos curiosos para saber é quando a Giselle vai trazer essa novidade para o Brasil. Do mesmo jeito que bombou na Irlanda, pode muito bem fazer sucesso por aqui.

É de dar água na boca!

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Fonte: Forbes

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